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Todo mundo tem uma cor preferida e é normal que, na hora de pintar a casa, surja o desejo de utilizá-la para deixar o ambiente ainda mais com a sua cara. Apesar dessa vontade, nem todas as cores são compatíveis com o seu imóvel e, por isso, é indispensável contar com a ajuda de um profissional na hora de realizar a pintura.
Isso porque cada cor causa efeitos e sensações diferentes dependendo de onde é utilizada e de qual tom é escolhido, sendo necessário que se faça uma análise de toda a situação antes de realmente decidir qual utilizar. Como todo caso é diferente, o auxílio de um arquiteto ou decorador se faz extremamente necessário, pois ele irá identificar quais são as suas melhores opções de acordo com aquilo que você deseja fazer.
Segundo o arquiteto Junior Petrolini, a primeira coisa a ser feita nesse processo é entender quais os principais desejos para aquele ambiente. Tudo o que envolve decoração de uma residência acaba sendo muito pessoal, por isso, os profissionais costumam primeiro entender a personalidade e gostos do cliente, para, em seguida, dar início ao processo de pintura do local.
Também é preciso considerar o que cada cômodo a ser pintado transmite por si próprio e assim tomar certo cuidado para não apostar na cor errada para o local. Por isso, é indispensável consultar sempre as melhores cores e tons para cada ambiente.
É indicado evitar cores muito vibrantes para o interior da casa e tentar apostar em tons mais neutros. Cores muito energizantes podem trazer sensação de cansaço para os olhos, principalmente em locais onde o olhar é constante. “Atrás de uma parede onde vai ter uma televisão por exemplo, eu não posso colocar uma cor muito gritante que vai ficar brigando com a televisão, porque você vai estar olhando para aquela parede. Por isso que as vezes a gente usa painéis de madeira com tons escuros para ficar destacando somente a tela”, explica o arquiteto.
Tons mais escuros, dependendo do local em que são utilizados, oferecem sensações de aumento e diminuição de ambiente, tornando ainda mais necessário decidir o que você realmente deseja antes de pintar. No teto, o mais indicado é usar cores claras, principalmente branco, pois dá a sensação de que o ambiente ficou mais alto. Colocar um tom mais escuro no teto e o inverso nas paredes laterais proporcionam a impressão de um ambiente mais baixo, o que não é muito agradável e vantajoso para o a decoração daquele espaço.
O mesmo pode acontecer com as paredes laterais: optar por uma delas em um tom mais escuro combinada com as outras em tons mais claros pode proporcionar uma sensação de profundidade para o ambiente, o que se feito de forma correta pode alongar ou encurtar o cômodo, deixando-o ainda mais perto do que você deseja alcançar com a sua pintura.
Por ser a parte mais visível para quem é de fora, há mais desejo ainda por utilizar aquela cor que você adora, mas, assim como a parte interna, o externo da casa também exige alguns cuidados para não sofrer com a má pintura. Para isso, o mais indicado é não optar por tons escuros, principalmente na região em que moramos, onde o calor é intenso. Com a temperatura alta, é comum que essa tinta mais escura retenha mais calor e consequentemente desbote com mais facilidade do que aquelas mais claras.
Em contrapartida, tintas muito claras também não são recomendadas, pois apesar de serem mais refratárias e absorver menos calor, estas deixam as paredes muito suscetíveis a sujeira. Obter bons resultados no lado de fora de uma residência requer encontrar um meio termo entre essas duas opções. “O tom médio equilibra isso, ele não aparenta tanta sujeira e também não desbota tão fácil, essa é a recomendação, sempre com alguma textura, algum cristal ou grafiato”, afirma Petrolini.
Outro ponto a ser considerado são os outros componentes do ambiente que será pintado. Segundo o arquiteto, é muito importante que, principalmente em casos de reforma, seja analisado a cor do piso, portas, tecidos e outros artigos presentes naquele cômodo, para que não haja tanto contraste com a cor escolhida. “Em casa nova é a mesma coisa, porém você tem mais liberdade porque tudo está por ser definido. Você vai escolher um piso, depois vai pensar na cor para aquele piso, na cor da tinta para combinar, cor de tecido e tudo mais. Então sempre harmonizando tom sobre tom para não ter muito contraste, uma parede ou outra se quiser contrastar é válido mas com muita cautela”, aconselha.
Texto originalmente publicado na coluna Imóveis, no site do Diário da Região.
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